domingo, 29 de abril de 2012

EFEITO ESTUFA O QUE É ISSO?
Ofeito estufa pode ser entendido como a elevação da temperatura da Terra provocada pela introdução na atmosfera de excessivas quantidades de gases estranhos. O principal agente causador do efeito estufa é o gás carbônico CO2 resultante da combustão de carvão, madeira e petróleo.
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sábado, 28 de abril de 2012

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CULTURA AMBIENTAL EM ESCOLAS: FERRAMENTAS PARA APLICAÇÃO DE CONCEITOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Introdução
A educação ambiental pode ser entendida com toda ação educativa que contribui para a formação de cidadãos conscientes da preservação do meio ambiente e aptos a tomar decisões coletivas sobre questões ambientais necessárias para o desenvolvimento de uma sociedade sustentável. Dessa forma, sua aplicação não se restringe ao universo escolar, mas deve permear este para facilitar o entendimento dessas questões e suas aplicações no dia a dia.
Uma das alternativas para a inclusão da temática ambiental no meio escolar é "a aprendizagem em forma de projetos". Segundo Capra (2003), essa é uma proposta alinhada com o novo entendimento do processo de aprendizagem que sugere a necessidade de estratégias de ensino mais adequadas e torna evidente a importância de um currículo integrado que valorize o conhecimento contextual, no qual as várias disciplinas sejam vistas como recursos a serviço de um objeto central. Esse objeto central também pode ser entendido como um tema transversal que permeia as outras disciplinas já constituídas e consegue trazer para a realidade escolar o estudo de problemas do dia a dia.
Além disso, as atividades de educação ambiental precisam extrapolar o âmbito escolar e promover o aprendizado e, até, a transformação de todos nós. Segundo Nalini (2003), proteger a natureza precisa ser tarefa permanente de qualquer ser pensante e aprender a conhecê-la e respeitá-la pode levar uma vida inteira. Não há limite cronológico, em termos de educação ambiental, para que todos estejam em processo de aprendizado constante. Entretanto, como a maioria dos temas transversais, educação ambiental é um muito abrangente e a maioria dos projetos que se propõem a trabalhar o assunto procuram concentrar-se em focos mais específicos dentro deste grande assunto.
Neste contexto, a Tetra Pak, empresa mundial de soluções integradas de processamento e envase de alimentos, desenvolveu o projeto Cultura Ambiental em Escolas com o objetivo de fornecer ferramentas para a aplicação da educação ambiental em sala de aula com maior enfoque para a problemática dos resíduos sólidos e as interações desse tema com os outros abordados pela educação ambiental.
Proposta de trabalho e material
O projeto Cultura Ambiental em Escolas iniciou-se com a estruturação de um kit como ferramenta para o professor trabalhar o tema ambiental em sala de aula e interagir com os alunos. Os materiais concebidos, então, foram um caderno voltado para o professor, uma publicação para o aluno, um pôster de apoio com as mesmas ilustrações utilizadas no material do aluno e uma fita de vídeo. Todos os materiais foram desenvolvidos exclusivamente para o kit, apresentado na figura 1, e em uma linguagem adequada para o público escolhido - estudantes do segundo ciclo do Ensino Fundamental.
O caderno do professor trabalha com três frentes para facilitar o entendimento sobre a temática ambiental, sobre o trabalho com temas transversais e também com sugestões de projetos para serem aplicados no âmbito escolar. O seu objetivo principal é ser fonte de referência para o desenvolvimento do tema ambiental como um tema transversal, fornecendo subsídios para o professor tanto sobre os termos técnicos e a situação relacionada ao lixo urbano e materiais recicláveis quanto sobre uso da transversalidade e a importância do registro do trabalho pedagógico desenvolvido em forma de projetos, como os sugeridos na terceira parte do caderno.
A publicação do aluno, por sua vez, busca trazer apenas a problemática dos materiais recicláveis e a sua interação com o meio ambiente em uma linguagem simples e com desenhos fáceis de serem compreendidos pelo público escolhido.
O vídeo, ferramenta rica de informações e com muito a ser explorado, contextualiza o clássico de Miguel de Cervantes na problemática dos resíduos sólidos, transformando-o no "Quixote Reciclado". Os dragões e ameaças criados por Quixote são aqui transformados no lixo criado por nós e um verdadeiro monstro agora. A trama apresenta as alternativas para o cuidado com o lixo como a aplicação da coleta seletiva e os processos de reciclagem para cada um dos diferentes tipos de materiais.
A concepção do material em forma de um kit educativo e com todas as ferramentas necessárias para a sua aplicação em sala de aula após uma prévia preparação do professor com o próprio material, permitiu a grande distribuição dos kits para diversas escolas de ensino fundamental principalmente da rede pública.
Agora em sua nova fase, todo o conteúdo foi adaptado para a internet de modo a preservar todos os conceitos do projeto, mas ganhando todos os benefícios de escala, abrangência e interatividade que a internet pode proporcionar.
Considerações finais
O projeto Cultura Ambiental em Escolas foi desenvolvido com o intuito ser uma forma de levar conhecimento e mostrar ferramentas para trabalhar a educação ambiental em sala de aula. O conceito do projeto não procura mostrar um caminho fechado, que deve ser aplicado sem modificações ou adaptações; mas, sim, possibilidades de estudo, sugestões de projetos e formas diferentes de aplicação dos conceitos envolvidos na temática ambiental, quando abordada de forma transversal.
Após 12 anos de projeto, é possível afirmar que o material está muito disseminado e foi avaliado como sendo de alta qualidade. Na maioria dos casos, o material tem sido utilizado em sala de aula, mas a sua aplicação é potencializada quando alinhada a uma oficina de capacitação como as que começaram a ser inseridas no projeto a partir de 2002.
Agora com a nova fase, o portal cultura ambiental nas escolas esperamos a ampliação do número de professores que conheçam e utilizem os materiais desenvolvidos em suas aulas, e promovam a cultura ambiental junto aos seus alunos.
Referências Bibliográficas
CAPRA, F. Alfabetização Ecológica: O Desafio para a Educação do Século 21. In: TRIGUEIRO, A. (coord.) Meio Ambiente no Século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.
NALINI, R. Justiça: Aliada Eficaz da Natureza. In: TRIGUEIRO, A. (coord.) Meio Ambiente no Século 21: 21 especialistas falam da questão ambiental nas suas áreas de conhecimento. Rio de Janeiro: Sextante, 2003.





Educação Ambiental na Embrapa Meio Ambiente
A primeira etapa do projeto de EA implementado pela Embrapa Meio Ambiente1 , ocorrida no período de 1997 a 2001, contou com as parcerias da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral – vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo - e de Delegacias Estaduais de Ensino dessa mesma unidade da federação. Teve por propósito contribuir na capacitação de educadores (do ensino formal e não-formal) em métodos participativos de EA, contando com a assessoria de especialistas nas áreas de educação, da agricultura e do meio ambiente. Nesse período os trabalhos destinados ao público-fim, constituído por estudantes e agricultores, foram realizados em municípios-piloto paulistas das regiões de Campinas e de Bragança Paulista, com enfoque nas atividades pedagógicas de formação de multiplicadores em métodos de EA, contando com a participação de delegados de ensino, diretores de escolas, professores e extensionistas rurais. Nesses eventos, realizados em salas de aulas e ao ar livre, foram escolhidos democraticamente os temas geradores mais adequados às realidades locais, visando o estudo do contexto e a mobilização social voltada à conservação dos recursos naturais, tais como a água, o solo, a recomposição de matas ciliares e o uso indiscriminado de agrotóxicos.

No exercício da responsabilidade social, a Embrapa Meio Ambiente, a Motorola e as Prefeituras Municipais de Jaguariúna, Santo Antonio de Posse, Holambra, Pedreira, Amparo, Artur Nogueira e Mogi Mirim lançaram a Campanha “Meio Ambiente e a Escola”
[ Regulamento em formato PDF ] . As escolas da rede pública municipal e estadual – educação infantil, ensino fundamental e médio, educação para jovens e adultos e escola técnica – foram convidadas a desenvolver projetos de educação ambiental. Para viabilizar tais projetos, a Campanha lançou e disponibilizou para todas as escolas, o livro "Educação Ambiental - Capacitação de agentes multiplicadores e desenvolvimento de projetos" [ Veja a publicação ], contendo registros de projetos de escolares e material de apoio a capacitação, além da premiação dos melhores projetos, ou seja, aqueles que melhor contribuam para melhorar a qualidade de vida da população local, promovendo intervenções positivas nos diversos níveis que compõem o patrimônio ambiental. Os projetos concorrem a três prêmios por categoria.

Além do trabalho de EA nas escolas, foram realizadas, também, atividades com agricultores dos municípios paulistas de Holambra, Jaguariúna, Santo Antonio de Posse e Valinhos. Para esse público específico foi aplicado o método de Diagnóstico Rápido Rural Participativo. Levantamentos dos meios físico e social, realizados em visitas a propriedades rurais de microbacias hidrográficas selecionadas, foram complementados pela realização de reuniões com os agricultores. Possibilitou-se, assim, definir os temas prioritários a serem abordados nesse componente do projeto. Resultaram em ações coletivas voltadas a promover o desenvolvimento rural em bases sustentáveis, tais como palestras, dias-de-campo e mutirões.

Método de capacitação

A aprendizagem ocorre pela construção do conhecimento a partir da própria comunidade, em que se alternam atitudes de ação e de reflexão. Em 1997, os educadores realizam estudos teóricos e práticas de ensino, cujos conteúdos e vivências trazem subsídios aos professores e extensionistas rurais em ações posteriores com os alunos e agricultores, respectivamente.
Além de abordar aspectos teóricos relacionados à EA, de acordo com os princípios e métodos propostos pelo educador Paulo Freire2, foram oferecidas vivências baseadas nas seguintes técnicas de ensino:

• Estudo do meio – percurso em trilhas em áreas rurais dos municípios, reconhecendo características do meio físico – reservas florestais ou áreas agrícolas – e do meio social rural.

• Jardim multifuncional – espaço da escola onde é instalada uma infra-estrutura de apoio a atividades pedagógicas, tais como: posto meteorológico, plantio de hortas, pomares, canteiros de plantas medicinais e minibosques. Realizadas visitas dos educadores à instituição de referência em jardim Multifuncional, o Centro de Educação Ambiental Vivenciada (CEAV) em Sumaré/SP, implantado em 1989 na Escola Municipal de Primeiro e Segundo Grau “José de Anchieta”.

• Roteiro de estudos e experimentos – textos referentes à temática agroambiental, com a descrição de experimentos simples que auxiliam o estudo de importantes questões como a capacidade de infiltração da água no solo, utilizando-se de kits desenvolvidos pela Coordenadoria de Divulgação Científica e Cultural do Instituto de Física e Química da USP - Campus de São Carlos. Também roteiros de experimentos relacionados a outros assuntos constam de materiais didáticos publicados pela Embrapa Meio Ambiente , tais como microrganismos importantes na agricultura e riscos de impactos de agroquímicos em organismos aquáticos.

• Dinâmicas de grupos – a percepção dos elementos do ambiente será facilitada na medida em que possamos nos entender como parte da natureza, interagindo com ela como indivíduos e também nos grupos sociais.

Após o processo de avaliação contínuo feito com os educadores envolvidos no Projeto, verificou-se a partir de 2000, a necessidade de restruturação e incremento inovador da metodologia, de modo a atender a demanda por um processo efetivamente educacional. Foram inseridos conceitos e técnicas inovadoras, como "Sociedade Sustentável" para estimular as parcerias e viabilizar os projetos; e técnicas de diagnóstico, avaliação de impacto e gestão ambiental ao método da Igreja Católica, Ver-Julgar-Agir, incrementado ainda pelo verbo "Celebrar".
A nova proposta metodológica demonstrou-se satisfatória para o desenvolvimento da percepção ambiental, instrumento fundamental para a conscientização e mudança de valores e atitudes. Configurou-se ainda, como um processo efetivamente educacional, voltado para o ser humano e não para o meio ambiente, atendendo a demanda de processos de Macroeducação - Sociedade Sustentável, no qual a produção de alimento é uma premissa de sustentabilidade.
O processo de validação foi realizado após o Workshop de Avaliação dos Projetos desenvolvidos pelos educadores capacitados no Curso oferecido em 2000, para coordenadores pedagógicos e extensionistas de 30 municípios da região de Campinas.

Os educadores, visando contribuir para a formação de sociedade sustentável, atuam na formação de agentes multiplicadores dos diversos setores (público, privado e sociedade civil), que compõem a comunidade-alvo. Desenvolvem a percepção ambiental, envolvendo-os no processo de construção coletiva do conhecimento da realidade ambiental local.

Compreende-se , portanto, que a metodologia é um processo educacional, voltada a público diverso (macroeducação), dirigida a conscientização da sociedade sobre a importância do meio ambiente e da produção de alimentos para que tenhamos um futuro sustentável, com alimentos suficientes às gerações futuras. Propõe para tanto, a formação de agentes multiplicadores dos três setores da comunidade-alvo (público, privado e sociedade civil).

O método proposto pelo projeto é constituído por seis componentes, cuja somatória das características atribuídas pelas partes resulta na eficácia, eficiência e efetividade dos resultados esperados de conscientização do público-alvo.

1) Contextualização local – conhecer o ambiente próximo
• Mapeamento da área de estudo e das informações obtidas.

2) Planejamento participativo – integrar os diversos setores da comunidade em torno da melhoria da qualidade do ambiente e da alimentação.
• Promoção do envolvimento e moderação do diálogo de toda a comunidade – três setores em torno de um objetivo comum.

3) Tema gerador – realizar atividades simples e de interesse coletivo.
• Estabelecimento do foco de intervenção e parcerias.

4) Práxis socioambiental Ver-Julgar-Agir– desenvolver a percepção ambiental.
• Orientação de práticas que estimulam as capacidades cognitivas, afetivas e psicomotoras de leitura da diversidade e complexidade da paisagem.

5) Segurança alimentar – inserir a questão agrícola na análise do meio ambiente e ressaltar sua importância para a existência humana, inclusive para a população urbana.
• Ênfase à reflexão sobre as questões relacionadas ao cardápio cultural, fortalecimento da agricultura familiar e da agroecologia.

6) Avaliação na educação ambiental – auxiliar a melhoria contínua e inovação do processo.
• Estabelecimento de condições à análise do processo visando sua continuidade e permanência na formação de comunidade sustentável e melhoria da qualidade ambiental.

O processo de validação da metodologia apontou sua eficácia de promover a conscientização em curto prazo (a partir do terceiro mês), eficiência pelo seu efeito multiplicador (1:1.000 na rede de ensino) e efetividade na obtenção de resultados concretos de mudanças de atitudes e busca de integração entre setores da sociedade. Além do mais, o processo participativo demonstrou contribuir para melhorar as relações humanas entre os participantes e os hábitos alimentares. Um resultado concreto dessa proposta foi a participação de 70 educadores e 100 especialistas na construção coletiva da publicação de cinco volumes, a série “Educação ambiental para o desenvolvimento sustentável”
[Veja em nossas publicações].

A partir de 2002, a Embrapa Meio Ambiente iniciou uma nova frente de ação no âmbito da EA3 . Com o intuito de “fazer o que se diz”, enfatiza sua atuação no âmbito interno e no exercício da responsabilidade social da instituição, cuja estratégia é a internalização da temática ambiental na própria Embrapa, enfatizando-se três linhas de trabalho:

a) no âmbito interno, a consolidação de uma cultura institucional de desenvolvimento tecnológico em sintonia com os preceitos da sustentabilidade;

b) junto à comunidade próxima, assegurando o exercício pleno da responsabilidade social, segundo sua competência institucional;

c) na interface Embrapa/sociedade - promovendo valores e práticas dialógicas com o público-alvo da pesquisa, sensibilizando-o para as novas oportunidades de inserção em um mercado exigente em qualidade, assegurando a potencialização dos impactos positivos dos resultados das pesquisas por adoção de tecnologias apropriadas à gestão ambiental do agronegócio.

Essa iniciativa tem por propósito atuar na formação de educadores ambientais em todas as Unidades da Embrapa, promovendo um processo interativo entre elas na construção de propostas de integração, de caráter intra e interinstitucional. Uma das estratégias é a conscientização ambiental simultânea dos empregados e a sua habilitação para implementar programas/projetos que favoreçam o seu engajamento em atividades de EA junto às comunidades, governos e organizações não-governamentais locais, colaborando com as instituições públicas de ensino fundamental na formação de seus docentes. Poderá, também, influir/beneficiar na adequação das diferentes realidades no processo de transferência tecnológica, de acordo com a missão institucional das Unidades da Embrapa. Assim, a motivação e a capacitação para a prática de EA visam fortalecer o relacionamento entre a Embrapa e a sociedade em geral.

A compreensão e interação adequada da sociedade com a natureza influi no trabalho com os seus elementos- água, ar, solo, flora, fauna e ser humano. Ações de proteção ambiental podem ter o caráter conservacionista ou preservacionista, mas não necessariamente são sustentáveis, principalmente quando não observam a interdependência de um elemento com os demais.

É preciso construir e transmitir conhecimentos e sensibilizar a sociedade sobre todos os elementos que constituem o ambiente e suas interdependências, formando-se simultaneamente a consciência de que um elemento componente jamais sobreviverá sem o outro.

A não inserção do ser humano como parte integrante do meio ambiente também tem sido um entrave na comunicação entre educadores e público-alvo, sendo necessário resgatá-lo através da sua valorização como pessoa e reconstrutor da natureza.

No exercício da responsabilidade social, a Embrapa Meio Ambiente, a Motorola e as Prefeituras Municipais de Jaguariúna, Santo Antonio de Posse, Holambra, Pedreira, Amparo, Artur Nogueira e Mogi Mirim lançaram a Campanha “Meio Ambiente e a Escola”. As escolas da rede pública municipal e estadual – educação infantil, ensino fundamental e médio, educação para jovens e adultos e escola técnica – foram convidadas a desenvolver projetos de educação ambiental. Para viabilizar tais projetos, a Campanha oferece material didático, capacitação e premiação dos melhores projetos, enfim aqueles que contribuam para melhorar a qualidade de vida da população local, promovendo intervenções positivas nos diversos níveis que compõem o patrimônio ambiental. Os projetos concorrem a três prêmios por categoria.

A Embrapa Meio Ambiente também se preocupa em conscientizar e promover a interação entre pais e filhos e produtores rurais. Para isso, a pesquisadora Maria Conceição Peres Young Pessoa coordenou a elaboração das Cartilhas dos Jogos Ambientais da EMA
[Veja em nossas publicações], um conjunto de sete livros (patrocinados pela Secretaria de Politicas para o Desenvolvimento Sustentável - Ministério do Meio Ambiente, Programa Alimento Seguro - segmento campo - PAS do SEBRAE e SENAI) e cd-rom de músicas ambientais (patrocinados pela Prefeitura Municipal de Lagoa dos Três Cantos (Rio Grande do Sul) com apoio do SINPAF - Sindicato nacional dos trabalhadores de instituições de pesquisa e desenvolvimento agropecuário) sobre os temas: Água, solo, vegetação, fauna, ar, segurança alimentar sempre acompanhados com jogos. É importante enfatizar, o empenho da pesquisadora na revelação e valorização de talentos de funcionários e estagiários envolvidos na produção do material.

1Os trabalhos do período inicial do projeto “Nova agricultura: educação agroambiental para o desenvolvimento rural sustentável”, de 1997 a 1999, foram coordenados por Francisco Miguel Corrales (chico@cnpma.embrapa.br). Com o seu ingresso em curso de pós-graduação, coube a coordenação dos trabalhos na fase seguinte, de 2000 a 2001, à pesquisadora Valéria Sucena Hammes (valeria@cnpma.embrapa.br).

2 FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 8. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. 93 p. (Coleção O Mundo, Hoje; v. 24).
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 13 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983. 218 p. (Coleção O Mundo, Hoje; v. 21).
FREIRE, Paulo. Educação e mudança. 23. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1999. 79 p. (Coleção Educação e Comunicação; v. 1).

3A segunda fase dos trabalhos em EA implementados pela Embrapa Meio Ambiente, iniciada em 2002, refere-se ao projeto “Capacitação de educadores ambientais nas unidades da Embrapa pelo método ver, julgar e agir e educação ambiental integrada dos seis elementos”, coordenado pela pesquisadora Valéria Sucena Hammes.



Projeto de Educação Ambiental Parque Cinturão Verde de Cianorte
O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL?
A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania.
VALORES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. É preciso considerar que:
A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital;
As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência;
É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais.
A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA
A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.
Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares.
A fundamentação teórico/prática dos projetos ocorrerá por intermédio do estudo de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo. Esse processo oferece subsídios aos professores para atuarem de maneira a englobar toda a comunidade escolar e do bairro na coleta de dados para resgatar a história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas ambientais.
Os conteúdos trabalhados serão necessários para o entendimento dos problemas e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos de intervenção.
Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico, o método utilizado pelo Programa de Educação Ambiental para desenvolver os projetos e os cursos capacitação de professores conjuga os princípios gerais básicos da Educação Ambiental (Smith, apud Sato, 1995).
 
Princípios gerais da Educação Ambiental:
·         Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistêmico;
·         Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os sistemas naturais;
·         Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;
·         Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;
·         Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.
A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, contribui para o envolvimento ativo do público, torna o sistema educativo mais relevante e mais realista e estabelece uma maior interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas.
Se existe inúmeros problemas que dizem respeito ao ambiente, isto se devem em parte ao fato das pessoas não serem sensibilizadas para a compreensão do frágil equilíbrio da biosfera e dos problemas da gestão dos recursos naturais. Elas não estão e não foram preparadas para delimitar e resolver de um modo eficaz os problemas concretos do seu ambiente imediato, isto porque, a educação para o ambiente como abordagem didática ou pedagógica, apenas aparece nos anos  80. A partir desta data os alunos têm a possibilidade de tomarem consciência das situações que acarretam problemas no seu ambiente próximo ou para a biosfera em geral, refletindo sobre as suas causas e determinarem os meios ou as ações apropriadas na tentativa de resolvê-los.
As finalidades desta educação para o ambiente foram determinadas pela UNESCO, logo após a Conferência de Belgrado (1975) e são as seguintes:
"Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam”.
PROPOSTAS DE TRABALHO:
·         Levantamento do perfil ambiental das escolas (se possui área verde, horta, separação de lixo, etc.);
·          Levantamento dos projetos que estão sendo desenvolvidos nas escolas;
·          Acompanhamento de projetos específicos nas escolas que serão desenvolvidos pelos professores (horta comunitária, reciclagem de lixo, bacia hidrográfica como unidade de estudo, trilhas ecológicas, plantio de árvores, recuperação de nascentes, etc...);
·          Mobilização de toda a comunidade escolar para o desenvolvimento de atividades durante a Semana do Meio Ambiente, com finalidade de conscientizar a população sobre as questões ambientais;
·          Realização de campanhas educativas utilizando os meios de comunicação disponíveis, imprensa falada e escrita, TV Cinturão Verde, distribuição de panfletos, folder, cartazes, a fim de informar e incentivar a população em relação à problemática ambiental;
·         Promover a integração entre as organizações que trabalham nas diversas dimensões da cidadania, com o objetivo de ampliar o conhecimento e efetivar a implementação dos direitos de cidadania no cotidiano da população.
Com o intuito de levar às escolas e à comunidade o conhecimento necessário para a construção da cidadania serão envolvidos diferentes órgãos que asseguram os direitos e deveres de cada indivíduo na sociedade. Entre esses órgãos podemos citar, a Policia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Vigilância  Sanitária, IAP, etc. Serão trabalhados temas relacionados à melhoria da qualidade de vida da população, por exemplo:
·         Lixo (redução, reutilização e reciclagem);
·         Lixo Hospitalar (destinação);
·         Água (consumo, disperdício, poluição);
·         Florestas (porque preservá-las?);
·         Fogo (prevenção, efeitos negativos ao meio ambiente);
·         Agrotóxicos (riscos para a saúde, danos ambientais);
·         Caça ilegal;
·         Respeito aos animais silvestres e domésticos;
·         Drogas;
·         DST – Doenças sexualmente transmissíveis;
·         Segurança no trânsito;
·         Respeito ao próximo;
·         Noções de saúde (higiene, prevenção de doenças);
·         Cidadania (direitos do cidadão), etc...
Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, estaremos facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um planeta. Desenvolveremos assim, as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas conseqüências no meio ambiente em que vivem.
Como o aluno irá aprender a propósito do ambiente, os conteúdos programáticos lecionados, tornar-se-ão uma das formas de tomada de consciência, tornando-se, mais agradáveis e de maior interesse para o aluno.
Através de parcerias firmadas entre a APROMAC – Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte; Prefeitura Municipal de Cianorte; Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente – SEMMAM; Divisão do Meio Ambiente; Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMMA e Ministério Público serão desenvolvidas ações e atividades diferenciadas conforme a realidade de cada local/região.
Através de atividades e ações programadas, objetivamos promover a sensibilização da população cianortense sobre a importância e a necessidade da preservação e da conservação do Parque Cinturão Verde, visto que esta área é de fundamental importância sócio-ambiental para o município de Cianorte. Ainda a população abrangida pelo projeto receberá conhecimentos de cidadania, saúde, higiene e segurança.
Para o acompanhamento e avaliação das atividades será redigido relatório mensal, onde serão descritas todas as tarefas desenvolvidas sendo apresentado ao COMMA e a APROMAC, ficando disponível a todos para consulta.
PARCERIAS: